O Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância em Saúde e do Programa Nacional de Imunizações, enviou uma nota técnica aos municípios atualizando as informações sobre a administração de vacinas.
A partir de agora, as vacinas contra a Covid-19 poderão ser administradas de maneira simultânea ou em qualquer intervalo com os demais imunizantes.
A recomendação está embasada na necessidade de ampliação das coberturas vacinais e em estudos clínicos sobre a co-administração de vacinas em uso no Brasil. A orientação também considera a ampla experiência prévia com a administração simultânea de múltiplas vacinas de diferentes plataformas e por já ser possível acumular experiência de uso das vacinas Covid-19 em cenário real.
“A orientação inicial para a manutenção de um intervalo de 14 dias entre as vacinas Covid e as demais vacinas fundamentou-se, principalmente, na necessidade de monitoramento mais aprofundado do perfil de segurança das vacinas com o início do seu uso em larga escala na população, bem como na ausência de estudos específicos. No entanto, neste momento, após a vacinação de milhões de indivíduos em todo o mundo, já foi possível acumular um grande volume de dados de segurança destas vacinas em cenário de vida real”, informa a nota, assinada pela Coordenadora Geral do Programa Nacional de Imunizações, Adriana Farias Pontes Lucena.
Conforme aponta a nota técnica, o intervalo gera dificuldades operacionais com a necessidade de múltiplas idas aos serviços de saúde e a perda de oportunidade de vacinação.
“A administração de múltiplas vacinas em apenas uma visita amplia as chances de se ter um cartão de vacinação atualizado, permitindo aumentar as coberturas vacinais, proteger a população contra doenças imunopreveníveis e otimizar o uso de recursos públicos”.
A recomendação se extende ainda a administração de imunoglobulinas e/ou anticorpos monoclonais, bem como soros heterólogos, à exceção de pacientes que tiveram covid-19 e utilizaram como parte de seu tratamento anticorpos monoclonais específicos contra o SARS-CoV-2, plasma convalescente ou imunoglobulina específica contra o SARS-CoV-2. Estes pacientes devem, preferencialmente, aguardar um intervalo de 90 dias para receber uma dose de vacina Covid-19.
Fonte: Portal da Cidade